Meu nome é Tsikara Yoshimoto, tenho 73 anos, sou brasileiro filho de japoneses, tive uma forte influência da Cultura Japonesa, mas a minha formação foi toda no Brasil, sou Engenheiro. Como engenheiro, tive formação Cartesiana. Seguindo o Descartes, eu era muito descrente: “… não aceitar como verdadeira coisa alguma que eu não conhecesse a evidência como tal …” Não fui aquinhoado com porte atlético, mas sempre me cuidei e pratiquei esportes, nunca fumei, nem bebi nada alcoólico. Por enquanto, não tenho nenhuma das doenças comuns em homens com mais de cinquente anos, como Diabete, Pressão Alta e problema da Próstata. Só conheço os males dos executivos, como stress e depressão, só de ouvir falar. Mas também tenho as minhas fraquezas, gosto de carne vermelha, de frituras, de doces e de sorvetes, por isso sempre paguei com sobrepeso. Mesmo assim, sentia como se tivesse muitos anos menos que a minha idade cronológica. Ah, tenho preguiça de vez em quando. Sempre soube que com a idade as nossas capacidades físicas diminuem. Pensava que conhecia os meus limites, por isso após jogar quase trinta anos de Tênis, passei para o Golfe, esporte menos desgastante. Porém, em outubro de 2010, tive fortes dores nas coxas provenientes da artrose nos quadris. O último médico que consultei indicou a cirurgia imediata com colocação de próteses de aço. A artrose é desgaste das cartilagens. Penso que começou ainda no tempo do Tênis, por jogar errado. Fiquei com medo e procurei alternativas. Por experiências bem sucedidas da minha sogra com Acupuntura, procurei o Centro Taoísta para Cultivo da Longevidade. Por sorte conheci o prof. Tsai Shien Jong. Ele disse que na Medicina Chinesa eles não tratam apenas da dor. Após um exame minucioso, começou recomendando-me uma dieta. Não podia comer mais carne vermelha, nem frituras e não podia tomar nada gelado, devia comer muitos legumes, verduras e frutas e tomar três litros diários do chá que ele recomendou, e de carnes, só as carnes brancas, frangos e peixes. Para fugir da operação e não tendo escolha, estou seguindo rigorosamente até hoje. Acho que emagreci um pouco. Fiz durante dois meses, novembro e dezembro, duas sessões semanais de Massagem Tui Na e Acupuntura. Paramos em janeiro por causa da viagem do professor e em fevereiro retomamos Tui Na e Acupuntura em sessões quinzenais de manutenção. O professor havia me recomendado a não jogar o Golfe e ficar só nas caminhadas. Parece mentira, mas na segunda semana após iniciar os tratamentos não sentia mais dores. Não é milagre, não! O professor Tsai está me ensinando a recuperar, conservar e usar melhor a energia que ainda possuo. Sabermos que por enquanto a cartilagem desgastada não se recupera (no futuro com a célula tronco, penso que vai ser possível). Porém, as cartilagens não se desgastam totalmente como querem nos fazer pensar. Agora, posso caminhar sem dor, é o que vim procurar no Centro Taoísta para Cultivo da Longevidade. Obrigado! Tudo mais que conseguir será LUCRO! O professor recomendou que eu começasse a aprender Tai Chi Chuan. Fisicamente somos parecidos para os ocidentais, mas Japoneses e Chineses são muito diferentes, eu não acreditava em Tai Chi. Mas, dentro da minha nova postura, resolvi experimentar. Em fevereiro comecei sem muito interesse. Depois de “puxão de orelha”. Criei vergonha, e desde março estou levando as aulas a sério e tenho treinado todos os dias. Treino logo cedo, já estou treinando mais de uma hora por dia. Embora ainda não entenda muitas cosias. Duas vezes por semana, depois de treinar em casa, vou caminhar no parque. Depois de quatro km, para descansar, faço Meditação por quinze minutos,sentado entre as árvores. Sinto que as minhas pernas estão mais fortes. Sempre dormi bem, mas agora durmo melhor. Não entendo como a Meditação está mudando a minha vida emocional também. Não tenho vontade de discutir com mais ninguém, por nada, e a minha vontade de querer ajudar os outros aumentou muito. Sinto mais rejuvenescido. Estou certo que a Meditação ajuda a retardar a evolução do Mal de Alzheimer, a doença degenerativa do cérebro, que todos nós, mais cedo ou mais tarde vai desenvolver. Sorte de que quem viver bastante e não for alcançado pelo Alzheimer, como o Niemayer. A incidência dos que atingem a fase avançada da doença é pequena, mas quem tem um caso em família sabe que é uma das doenças mais triste. Gostaria de ajudar as pessoas, mas ainda não sei como. O professor diz que muitos pacientes o procuram com problemas, mas quando sentem as melhoras, abandonam o tratamento e voltam só quando pioram e precisam recomeçar. Acho que ele tem razão, quando diz que ele dá a ferramenta, mas não pode obrigar ninguém a usar. Com o professor estou aprendendo que a Vida não é tão certinha como queria o Descartes, existem coisas que não entendemos, mas nos ajudam.
07/05/2011 Tsikara Yoshimoto